Viagem pelo Brasil 2018

Da­rio, Ar­tan e eu vo­a­mos com a com­pa­nia ae­rea Swiss na terça-feira (4 de de­zem­bro) de Ge­ne­bra via Zu­ri­que para São Paulo, para o ae­ro­porto de Gua­ru­lhos. Lá nós pe­ga­mos nossa ba­ga­gem, pri­meiro, pas­sa­mos o con­trole de pas­sa­geiro e al­fân­de­gas e fo­mos para o posto de táxi do ae­ro­porto. Aqui per­gun­ta­mos onde é a pa­rada de ôni­bus de Shat­tle que co­necta um ae­ro­porto ao ou­tro. Se você mos­trar o car­tão de em­bar­que para o voo de co­ne­xão de Con­go­nhas, você pode usar o ôni­bus da res­pec­tiva com­pa­nhia aé­rea, no nosso caso, GOL, gra­tui­ta­mente. A vi­a­gem le­vou uma boa hora de­vido ao con­ges­ti­o­na­mento. Fi­nal­mente, che­ga­mos a Con­go­nhas, onde pe­ga­mos o vôo no iní­cio da tarde para Campo Grande. Mas pri­meiro nos de­pa­ra­mos com o pri­meiro pao de quejo e suco de la­ranja. In­fe­liz­mente, nosso vôo para Campo Grande teve uma hora de atraso por causa de um im­pacto in­fra-me­te­o­ro­ló­gico, como foi ofi­ci­al­mente cha­mado. Com nossa vi­a­gem, cru­za­mos vá­rios fu­sos ho­rá­rios desde a noite de terça-feira: Eu­ropa Cen­tral (Suíça + 1h na hora mun­dial em Gre­enwich), Bra­sil Ori­en­tal (-2h) e Bra­sil Cen­tral (-3h). E em Campo Grande ainda não che­ga­mos no des­tino do nosso tra­jeto de hoje.

Miranda, MS

Aqui, em Campo Grande, ca­pi­tal do es­tado de Mato Grosso do Sul, alu­ga­mos um carro no Mol­vido, um Che­vro­let Onix, e di­ri­gi­mos para o Pan­ta­nal sul, para Mi­randa, onde logo de­pois de es­cu­re­cer, bas­tante can­sa­dos e fa­min­tos en­con­tra­mos ime­di­a­ta­mente o «Pan­ta­nal Ho­tel». Após o check-in, logo sen­ta­mos a ape­nas 28 graus do lado de fora da mesa e sa­bo­re­a­mos a pi­ca­nha na chapa com man­di­oca gre­lhada, sa­lada, suco de fruta ou uma Ori­gi­nal, bem ge­lada, marca de cer­veja que me feiz lem­brar de Curitiba.

Trecho de Campo Grande a Miranda
Go­o­gle Maps mos­tra o tra­jeto de Campo Grande para Miranda

A pi­ca­nha es­tava um pouco dura. La­men­ta­mos não ter acei­tado a pro­posta de ter en­co­men­dado um prato de peixe da casa. Por­que, em­bora de que Mi­randa es­teja longe do mar, ho­ras de voo, mas no Pan­ta­nal há, é claro, uma oferta muito rica de pei­xes de água doce, dos quais a Pi­ra­nha é uma só.

O sul do Pantanal

O Pan­ta­nal Sul-Ame­ri­cano é uma das mai­o­res áreas úmi­das in­te­ri­o­res do mundo. No ve­rão bra­si­leiro (a es­ta­ção chu­vosa de de­zem­bro a março), os mui­tos re­ser­va­tó­rios de água, rios, aflu­en­tes, bra­ços flu­vi­ais en­chem de água, en­quanto na es­ta­ção seca (ju­nho a se­tem­bro), es­ses re­ser­va­tó­rios são es­va­zi­a­dos len­ta­mente e às ve­zes até se­cam. O Rio Pa­ra­guai, que de­sá­gua as ter­ras bai­xas do Pan­ta­nal, tem em seus 600 km uma in­cli­na­ção de ape­nas 30 m. Por esse mo­tivo, a água drena ape­nas muito len­ta­mente. Mui­tas plan­tas e ani­mais se adap­ta­ram bem a esse pro­cesso na­tu­ral.
Mi­randa está lo­ca­li­zada na parte sul do Pan­ta­nal. Aqui nós pas­sa­mos um dia na Fa­zenda San Fran­cisco. Esta fa­zenda cons­truiu um pi­lar econô­mico adi­ci­o­nal nos úl­ti­mos 20 anos: o turismo.

Fazenda San Francisco

Hoje saí­mos cedo e che­ga­mos às 07:40 na Fa­zenda São Fran­cisco, onde fi­ze­mos o check-in na Re­cep­ção. En­tão co­me­ça­mos com um grupo de tu­ris­tas para um sa­fári fo­to­grá­fico.
A Fa­zenda tem o nome ame­ri­cano San Fran­cisco (não São Fran­cisco), por­que o dono da época es­tu­dava me­di­cina nos Es­ta­dos Uni­dos, onde co­nhe­ceu sua fu­tura es­posa e em me­mó­ria desta época e a ori­gem norte-ame­ri­cana de sua es­posa, ele mar­cou sua fa­zenda com o nome norte-americano.

Um ca­sal de papageios

A fa­zenda abrange cerca de 15 mil hec­ta­res e atua em três áreas: pri­meiro, a fa­zenda tra­ba­lha com pe­cuá­ria, em se­gundo lu­gar com pro­du­tos agrí­co­las, prin­ci­pal­mente ar­roz, e a ter­ceira e mais jo­vem é o tu­rismo, mas tam­bém pes­quisa e de­sen­vol­vi­mento para pro­te­ção. bi­o­di­ver­si­dade e sus­ten­ta­bi­li­dade.
À tarde, nós des­li­za­mos em uma ra­mi­fi­ca­ção do rio Mi­randa com uma jan­gada de dois an­da­res e vi­mos gar­ças, fal­cões e ja­ca­rés. Além disso, nós pes­ca­mos al­gu­mas piranhas.

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Na sexta-feira di­ri­gi­mos pri­meiro a „Ma­ría do Ja­caré”, uma la­goa na es­trada prin­ci­pal, cha­mada pela po­pu­la­ção lo­cal, onde mui­tos ja­ca­rés são mi­ma­dos di­a­ri­a­mente com carne por uma mu­lher (cha­mada „Ma­ria do Ja­caré”). Esta ex­cur­são aca­bou por ser um fra­casso por causa do alto ní­vel da água. Por­que os ja­ca­rés não es­ta­vam mais con­cen­tra­dos na enorme área como em agosto de um ano atrás em um lu­gar, mas es­con­di­dos. Nós vi­mos ape­nas dois ja­ca­rés na água.

Bonito

De­pois vol­ta­mos para Mi­randa e da­qui se­gui­mos em di­re­ção a Bo­nito. Cerca de 10 km an­tes de Bo­nito dei­xa­mos a BR e di­ri­gi­mos em uma es­trada de terra a 7km até a „Nas­cente Azul”. Bo­nito está lo­ca­li­zado no pla­nalto da Serra da Bodoquena.

Arara ver­me­lha

Nascente Azul

Nas­cente Azul é uma área de la­zer com pis­ci­nas ao ar li­vre, res­tau­ra­ção, ba­nhei­ros, chu­vei­ros, ar­má­rios e ponto de par­tida para uma vi­a­gem de mer­gu­lho. Pri­meiro al­mo­ça­mos, o que to­dos ha­viam pe­gado no rico bufê. O buf­fet está in­cluido no nosso pa­cote. Você pode mon­tar os pra­tos so­zi­nho (carne, frango, carne re­fo­gada, ar­roz, po­lenta, es­pa­guete, bete raba, ce­noura, sa­lada de to­mate, chu­chu, man­di­oca, …), além de vá­rias so­bre­me­sas. Ape­nas as be­bi­das são co­bra­das separadamente.

Flu­tu­a­ção no Nas­cente Azul

Boca da Onça

Cedo de ma­nhã dei­xa­mos nossa pou­sada em Bo­nito e di­ri­gi­mos pela pri­meira vez cerca de 60 km pela BR, de­pois cerca de 14 km em es­trada na­tu­ral até a cha­mada Boca da Onça, ponto de par­tida para vi­si­tas gui­a­das, pas­sando por 5 ca­cho­ei­ras me­no­res e mai­o­res. Em al­gu­mas pis­ci­nas na­tu­rais, você tam­bém pode na­dar. Vá­rios aflu­en­tes caem so­bre pe­nhas­cos no câ­nion do rio Sa­lo­bra. Deste rio vêm al­gu­mas fo­tos es­pe­ta­cu­la­res do fa­moso fo­tó­grafo pro­fis­si­o­nal de água doce Mi­chel Roggo.

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Os guias dão ex­pli­ca­ções so­bre ár­vo­res e fru­tos, ani­mais e, claro, a geografia/hydrografia da re­gião. Além disso, muita ên­fase é co­lo­cada na se­gu­rança. É por isso que to­dos os vi­si­tan­tes pre­ci­sam pre­en­cher um for­mu­lá­rio e co­lo­car o CPF/número do pas­sa­porte e endereço.

Rio da Prata

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Como nos­sas fo­tos su­baquá­ti­cas pre­ci­sam ser trans­for­ma­das em um for­mato di­fe­rente em casa (so fe­ve­reiro 2019), li­ga­mos um vi­de­o­clipe do You­tube aqui.

Rio de Janeiro

De Bo­nito nós fui­mos às 08:30 em di­re­ção a Campo Grande. Lá nós ti­ve­mos que dei­xar nosso carro alu­gado. De­pois pe­ga­mos nosso vôo para São Paulo Con­go­nhas e de lá o vôo de co­ne­xão para o Rio de Ja­neiro, San­tos Du­mont, para onde che­ga­mos de dia. Um táxi fi­nal­mente nos le­vou ao nosso apar­ta­mento pri­vado no bairro de Copacabana.

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De­pois de dois dias quen­tes (às ve­zes mais de 40 graus à som­bra), pe­ga­mos nosso vôo re­ser­vado no ae­ro­porto de San­tos Du­mont para São Luís (via Bra­sí­lia). In­fe­liz­mente, nosso vôo já es­tava duas ho­ras atra­sado no Rio. Por­tanto, che­ga­mos ao ho­tel em São Luís ape­nas às 02 ho­ras da noite e pu­de­mos dor­mir até as 6:00. Por­que às 7:00 ho­ras de­ve­mos es­tar pron­tos para a vi­a­gem a Barreirinhas.

Lençois Maranhenses

To­ma­mos café da ma­nhã no Ho­tel Soft Win em São Luís, ca­pi­tal do es­tado do Ma­ra­nhão. Es­ta­mos agora no nor­deste, onde, ao con­trá­rio do su­deste (São Paulo, Rio de Ja­neiro, Es­pí­rito Santo), não há ho­rá­rio de ve­rão. É por isso que ti­ve­mos que vol­tar nos­sos re­ló­gios em uma hora.
Vi­si­ta­mos os «Len­çóis Ma­ra­nhen­ses», esse par­que é uma re­serva na­tu­ral na­ci­o­nal de 156’586 ha.

Nos Len­çois Maranhenses

Esta pai­sa­gem cos­teira con­siste em du­nas, man­gues e pro­mon­tó­rios mol­da­dos por ven­tos for­tes e chu­vas regulares.

Barreirinhas, MA

Nosso ponto de par­tida nos Len­çóis Ma­ra­nhen­ses é a vila de Bar­rei­ri­nhas. Aqui nos mu­da­mos para a Pou­sada do Rio de­pois de uma boa vi­a­gem de qua­tro ho­ras de São Luis.

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Foto:Marco MonteiroAlém da pai­sa­gem única, há tam­bém al­gu­mas fru­tas tí­pi­cas da re­gião: a pal­meira Ba­curi cresce na Amazô­nia e nos es­ta­dos vi­zi­nhos do norte e nor­deste. De suas so­bre­me­sas de fru­tas (como Mousse de Ba­curi), suco de fru­tas, sor­ve­tes, ge­léias e com­po­tas são fei­tas. Seu te­cido de lá­tex é usado para pro­du­tos mé­di­cos e cos­mé­ti­cos. O óleo de Ba­curi e a man­teiga de Ba­curi são po­pu­la­res na me­di­cina po­pu­lar lo­cal (por exem­plo, para ali­viar pi­ca­das de ara­nhas e co­bras ou como uma cura mi­la­grosa para reu­ma­tismo e artrite.

foto: Didier DescouensO Bu­riti tam­bém é tí­pico nessa re­gião, mas tam­bém é co­nhe­cido no su­deste e no su­do­este (para o Mato Grosso do Sul). Ela está cres­cendo muito alto. Suas fru­tas po­dem ser con­su­mi­das ou pro­ces­sa­das em su­cos de fru­tas, sor­ve­tes, so­bre­me­sas, con­fei­tos, etc. Das fo­lhas jo­vens, ob­tém-se uma fi­bra, a “seda bu­rití”, que é usada para fa­zer re­des, ta­pe­tes, bol­sas e jóias. A ma­deira tam­bém é usado na in­dús­tria de mó­veis por­que é leve e du­rá­vel. (Foto: da Wiki-Com­mons por Di­dier Descouens)

Pas­seio nos Gran­des Lençóis

Casa da Farinha

Nós vi­si­ta­mos a “Casa da Fa­ri­nha” em Bar­rei­ri­nhas. Aqui eles ainda pro­du­zem fa­ri­nha da ma­neira tra­di­ci­o­nal. Os bra­si­lei­ros não en­ten­dem a fa­ri­nha de trigo como fa­ri­nha, mas a fa­ri­nha de man­di­oca. A man­di­oca não é um ce­real, mas um tu­bér­culo e é pre­pa­rado na co­zi­nha, se­me­lhante à ba­tata. A man­di­oca é ve­ne­nosa – se­me­lhante à ba­tata crua. Mas há uma es­pe­cia de man­di­oca não-tó­xica e uma tó­xica. A tó­xica tam­bém é ve­ne­nosa quando co­zida. A man­di­oca não tó­xica é pri­meiro des­cas­cada e de­pois co­zida em água sal­gada. En­tão você pode comê-los ou até as­sar. Isso re­sulta em ba­ta­tas fri­tas de for­mato li­gei­ra­mente ir­re­gu­lar. A man­di­oca co­zida tam­bém pode ser usada para pre­pa­rar o purê.
Para a pro­du­ção de fa­ri­nha, a man­di­oca não-tó­xica ou tó­xica pode ser uti­li­zada. Pri­meiro, você tem que des­cas­car os tu­bér­cu­los de man­di­oca, en­xa­guar e es­fre­gar bem. Essa massa é en­tão pre­en­chida em um ti­piti, um re­ci­pi­ente fle­xí­vel feito de fi­bras de pal­meira. Com o tit­pit a massa de man­di­oca é es­pre­mido. Ao re­mo­ver o lí­quido, a massa da man­di­oca é de­sin­to­xi­cada – se a man­di­oca ve­ne­nosa for pro­ces­sada. A massa de man­di­oca é ex­traída pres­si­o­nando 90 a 95% do lí­quido. Pos­te­ri­or­mente, a massa de man­di­oca es­ca­mosa pode ser tor­rada di­re­ta­mente. De­pen­dendo do tipo de tor­re­fa­ção, di­fe­ren­tes graus de gra­nu­la­ção são pro­du­zi­dos. An­tes da tor­re­fa­ção, a massa de man­di­oca tam­bém pode so­frer fer­men­ta­ção. É as­sim que a fa­ri­nha azeda é cri­ada, sem fer­men­ta­ção, uma fa­ri­nha doce é pro­du­zida após a torrefação.

Pro­du­ção tra­di­ci­o­nal de farinha

Curitiba

Uma vi­sita rá­pida foi feita na Es­cola Suíça em Cu­ri­tiba. Ela con­se­guiu do­brar o nú­mero de alu­nos nos úl­ti­mos 18 anos. Isso anda de mãos da­das com um re­qui­sito maior de es­paço. É por isso que a es­cola tem cons­truído mais edi­fí­cios es­co­la­res em um lote ad­ja­cente que com­prou ha uns bons dois anos. Uma pas­se­relle acima da rua li­gará um dia os dois com­ple­xos escolares.

A di­re­tora do Co­le­gio Suíço-Bra­si­leiro de Cu­ri­tiba com vi­si­tan­tes da Suíça

So­bre a Es­cola Suíça-Bra­si­leira in­forma o site do Co­lé­gio Suíço-Bra­si­leiro de Cu­ri­tiba.

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E para re­lem­brar e jan­tar ao mesmo tempo (não ti­ve­mos tempo para al­mo­çar), vi­si­ta­mos o Val­lejo, uma chur­ras­ca­ria perto da es­cola suíça, onde nós apre­ci­a­mos o chur­rasco. Chur­ras­ca­rias fun­ci­o­nam as­sim: você paga uma taxa fixa e pode ser­vir-se no buf­fet à dis­cri­ção. Os gar­çons vêm de novo e de novo, mos­tram su­cu­len­tos pe­da­ços gre­lha­dos de carne em um es­peto e per­gun­tam se você quer. Tam­bém a dis­cri­ção. Se você, de fome, en­cher seu estô­mago no co­meço de sal­si­chas, será sua culpa se você não con­se­guir acom­pa­nhar a Pi­ca­nha ou o fi­let ar­gen­tino. As be­bi­das (e em Val­lejo) so­bre­me­sas es­pe­ci­ais (não buf­fet, como sor­vete, mousse au cho­co­lat) são co­bra­das separadamente.

O buf­fet in­clui por exem­plo: sa­la­das (bete raba co­zido, ce­noura, fei­jão verde, mi­lho, to­mate, sa­lada de rú­cula e ou­tras sa­la­das ver­des), acom­pa­nha­men­tos (ar­roz, ovos co­zi­dos, ovos de co­dorna, po­lenta, purê de ba­tata, ba­tata frita, man­di­oca frita, aba­caxi gre­lhado, spa­guete, gra­ti­não, fei­jão), tam­bém fa­ri­nha, fa­rofa (com ce­bola, ovos …), pi­menta (chili em azeite), carne do boi: da pa­nela, so­bre­me­sas ( Pu­dim, creme brulé, mousse au maracuja …

A carne é apre­sen­tada pe­los gar­çons de novo e de novo à mesa: En­tre ou­tras coi­sas, há a carne: Pi­ca­nha (bem / mal pa­sada), Cu­pim (cor­cun­das de carne Zebu), cos­tela, Frauda, fi­let ar­gen­tino e mui­tas ou­tras pe­ças; de frango: Co­ra­ções, do porco: Cos­tela, de ja­vali, às ve­zes car­neiro e aba­caxi gre­lhado com ca­nela, de onde o gar­çom corta um pe­de­daço para o cliente.

Foz do Iguaçu, PR

De Cu­ri­tiba vo­a­mos via São Paulo, Gua­ru­lhos, para Foz do Iguaçu. À tarde, vi­si­ta­mos o Marco dos Três Na­ções, a re­gião da trí­plice fron­teira onde o Bra­sil, a Ar­gen­tina e o Pa­ra­guai se en­con­tram. Este é um ponto tu­rís­tico com es­ta­be­le­ci­men­tos de res­tau­ra­ção, como eles são en­con­tra­dos tam­bém na Suíça. Lo­jas de lem­bran­ci­nhas não es­tão fal­tando. Eu não achei a vi­são es­pec­ta­cu­lar, o con­teúdo sim­bó­lico é mais im­por­tante e para o meu gosto muito à la Holywood é en­ce­nado (com fi­gu­ras in­di­a­nas em ta­ma­nho na­tu­ral para sel­fies, pa­li­ça­das e mu­ros de for­ti­fi­ca­ção). Re­al­mente in­te­res­sante achei o show (som e luz) que fala da his­to­ria e da na­tu­reza local.

Parque das Aves

Pri­meiro vi­si­ta­mos pela ma­nhã o Par­que das Aves, o par­que de aves in­ter­na­ci­o­nal­mente conhecido.

Im­pres­si­o­nante

En­tão nós fo­mos para o pró­ximo Par­que Na­ci­o­nal Ca­ta­ra­tas do Iguaçu. Aqui, as im­po­nen­tes águas do rio Iguaçu des­cem por vá­rios de­graus até uma es­treita ra­vina que de­sá­gua al­guns quilô­me­tros rio abaixo no rio Paraná.

Cataratas do Foz do Iguaçu

Nós pri­meiro vi­si­ta­mos o lado bra­si­leiro das ca­ta­ra­tas. Ti­nha ven­tos bem du­ros. Às ve­zes ra­mos me­no­res caíam das árvores.

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Fi­nal­mente, fo­mos para o lado ar­gen­tino do Iguaçu, que é maior que o lado bra­si­leiro. De­pois de pas­sar o con­trole al­fan­de­gá­rio de am­bos os paí­ses, o táxi nos le­vou até a en­trada. Aqui es­pe­ra­mos o pró­prio trem do par­que, que nos le­vou à pa­rada fi­nal, o acesso à Gar­ganta do Diabo.

No trem, con­ver­sa­mos com um ca­sal equa­to­ri­ano que co­nhece um pouco a Eu­ropa por­que eles ven­dem pa­pel de pa­rede em casa. É por isso que eles têm con­ta­tos com pro­du­to­res re­le­van­tes na Eu­ropa. No de­cor­rer da con­versa, vi­e­mos – por causa da Suíça – para fa­lar ra­pi­da­mente so­bre cho­co­late. Eles dis­se­ram que um dos me­lho­res cho­co­la­tes do mundo se­ria pro­du­zido em seu país. Eles não dis­se­ram isso sim­ples­mente por­que eles pró­prios eram equa­to­ri­a­nos, mas por­que o cho­co­late ou o ca­cau ha­viam ga­nho os pri­mei­ros prê­mios em com­pe­ti­ções in­ter­na­ci­o­nais. A pro­du­ção de ca­cau é cha­mada Pa­cari. É bom sa­ber que o cho­co­late suíço não é con­si­de­rado o me­lhor do mundo por mui­tos e em to­dos os lugares.

Itaipu binacional

Em nosso úl­timo dia em Foz do Iguaçu, pe­ga­mos um táxi da Uber para o Posto de Tu­rismo Bi­na­ci­o­nal da Itaipu e re­ser­va­mos o pas­seio Itaipu Pa­no­rá­mico no ôni­bus da em­presa por­que não tí­nha­mos tempo su­fi­ci­ente para ou­tros passeios.

A Itaipu está em ope­ra­ção desde 1982, com 20 tur­bi­nas desde 2004. Gra­ças às flu­tu­a­ções sa­zo­nais re­la­ti­va­mente pe­que­nas no abas­te­ci­mento de água do rio Pa­raná e à alta ca­pa­ci­dade das tur­bi­nas, a pro­du­ção anual de ener­gia (103 te­rawatts-hora) cos­tuma ser maior que a da bar­ra­gem das Três Gar­gan­tas na China. (Para com­pa­ra­ção: A usina nu­clear de Isar na Ale­ma­nha com a maior pro­du­ção anual do mundo em 2006 for­ne­ceu 12,4 te­rawatts-hora). Por duas tur­bi­nas da usina de Itaipu cai quase a mesma quan­ti­dade de água por se­gundo que cai no mesmo tempo so­bre a im­po­nente Foz do Iguaçu.
Iní­cio da cons­tru­ção: 1974, co­mis­si­o­na­mento da pri­meira tur­bina em 1982, 1991 da 18ª tur­bina, em 2004 duas tur­bi­nas adi­ci­o­nais. Cerca de 34.000 tra­ba­lha­do­res es­ta­vam em­pre­ga­dos no can­teiro de obras, dos quais 145 fo­ram mor­tos. Um to­tal de 40.000 pes­soas – in­cluindo mui­tos ín­dios gua­ra­nis na­ti­vos – foi re­a­lo­cado. Além disso, a flo­resta tro­pi­cal foi der­ru­bada e per­ma­nen­te­mente inun­dada na área do reservatório.

Vitória, ES

Vi­tó­ria é o tér­mino tem­po­rá­rio de nossa vi­a­gem. Aqui mora a mãe da mi­nha es­posa e a mai­o­ria de seus irmãos.

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Vi­tó­ria é a ca­pi­tal do es­tado do Es­pí­rito Santo. Este es­tado é li­gei­ra­mente maior que a Suíça. A ca­pi­tal, Vi­tó­ria, pos­sui 358 mil ha­bi­tan­tes em seu ter­ri­tó­rio. Vila Ve­lha, que está en­tre­la­çada com Vi­tó­ria, tem 486 mil ha­bi­tan­tes (por isso é maior que a ca­pi­tal). Exis­tem dois por­tos, um na ci­dade an­tiga, onde o trá­fego é li­mi­tado e, por­tanto, bens, e o Porto de Tu­ba­rão, es­pe­ci­a­li­zado na ex­por­ta­ção de mi­né­rio de ferro (80 mi­lhões de to­ne­la­das / ano).

O ano novo co­men­çou com sol brilhante. 

Nas­cer do sol na baia de Vitória

Santa Cruz, ES

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A ori­gem do mu­ni­cí­pio de Santa Cruz co­me­çou com o po­vo­ado de Al­deia Nova, fun­dado pe­los je­suí­tas em 1556, às mar­gens do rio Pi­ra­que­açu. Du­rante os tem­pos co­lo­ni­ais e o im­pé­rio, esta re­gião não de­sem­pe­nhou um pa­pel im­por­tante. Em 1874, o aus­tríaco (sul-ti­ro­lês) Pi­e­tro Ta­bac­chi se es­ta­be­le­ceu nesta re­gião e fun­dou a Fa­zenda Nova Trento em me­mó­ria de suas ori­gens. Mais tarde, ele sus­ten­tou o as­sen­ta­mento de 386 pes­soas do Im­pé­rio Aus­tro-Hún­garo (prin­ci­pal­mente da re­gião de Val­su­gana, no sul do Ti­rol, e duas fa­mí­lias do Ve­neto). Em 1848, o mu­ni­cí­pio de Santa Cruz (hoje Ara­cruz) foi fun­dado com sede na vila de Santa Cruz. Mas só em 1892 Santa Cruz con­se­guiu a ca­te­go­ria de ci­dade. Gra­ças ao seu porto no Rio Pi­ra­que­açu, que le­vou mui­tas pes­soas e muita carga, a ci­dade pros­pe­rou. Mas com a cons­tru­ção da fer­ro­via de Vi­tó­ria para Mi­nas Ge­rais e a ro­do­via na­ci­o­nal BR-101, o porto per­deu sua im­por­tân­cia a par­tir de 1940. Em 1948, a trans­fe­rên­cia da sede mu­ni­ci­pal de Santa Cruz para a Ara­cruz foi de­ci­dida por­que Santa Cruz fica no li­mite do mu­ni­cí­pio. Como re­sul­tado do pro­testo do povo de Santa Cruz, a trans­fe­rên­cia para o cen­tro do mu­ni­cí­pio para Ara­cruz, se re­a­li­zou ape­nas em 1950, sob pro­te­ção po­li­cial. O mu­ni­cí­pio de Ara­cruz co­bre 1436 km². Este é quase o mesmo ta­ma­nho que o Can­tão de Fri­burgo (1670 km²).

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